Quem transita pela MG 179 entre Alfenas e Machado, no Sul de Minas, nem imagina que bem as suas margens, escondido atrás de um bambuzal e em meio a milhares de pés de café, existe um cemitério histórico abandonado.
Aos olhos mais atentos que passam pelo asfalto, se vê algo entre os cafezais que parece ser uma capela, mas na verdade é uma história conhecida por poucos, um cemitério centenário chamado Roque do centro.
No mapa acima, marquei exatamente a localização do cemitério.
Fica no meio da maior reta existente entre as duas cidades.
Partindo de Machado, fica pouco mais de 20 km.
Olhando de cima nem da para identificá-lo devido as três gigantes
árvores que ele possui, solitárias em um cafezal de perder de vista.
Um ponto de referencia para quem procura o local é o enorme bambuzal
ao lado da entrada de terra.
Essa é a vista de quem sai do asfalto e entra no local.
De costas para o cemitério da para ver a rodovia a poucos metros.
Na frente existe uma construção que lembra uma capela, mas
chegando na grade se vê quatro túmulos com datas do século 19.
Na lateral, uma parte do muro está destruído, provavelmente
por causa da raiz da gigantesca árvore.
Olhando pelo muro que desabou, da para ver mais alguns túmulos.
Pesquisando a fundo na internet, depois dessa visita, descobri que sua provável fundação seja de 1895.
Pertencente a família Souza Dias, é um patrimônio tombado pelo conselho consultivo do patrimônio histórico e artístico de Machado/MG.
Seu proprietário foi Roque Souza Dias, nascido em 1815, formado em direito, agricultor e pecuarista, foi vereador em Alfenas (cidade vizinha a Machado) por três períodos e vice-presidente da província do Sul de Minas. Influente como seus antepassados pecuaristas e tropeiros que vendiam 'carne verde' para o Rio de Janeiro e tinham grande influência na região.
Ele foi enterrado nesse histórico cemitério, nas terras de uma das suas três sesmarias que possuía na região.
Vários outros familiares, amigos e ex-escravos próximos foram enterrados ali.
A paz que se sente pelas enormes árvores do lugar e pelo silêncio impressiona.
É lamentável ver importante patrimônio ao descaso de autoridades. Seu bisneto e atual proprietário, possui interesse em reformá-lo, mas por ser patrimônio histórico existe uma certa burocracia.
Ele ainda relata que o cemitério foi construído longe da sede da fazenda por dois motivos: Não poluir as águas em torno da sede; E pelas doenças contagiosas que os antigos teriam medo de contrair.
Fontes de pesquisa:
Jornal dos lagos e conhecaminas.com
Eu passei na mg 179 e vi ...realmente um patrimônio que merece ser cuidado e respeitado....parabéns pelo blog
ResponderExcluirQuanto descaso tem que ser mais cuidado um patrimônio desses
ResponderExcluirTem túmulo de 1848,autoridades deveriam dar mais atenção,um descaso com tal patrimônio!
ResponderExcluirPassei por lá na data de hoje.O lugar está abandonado e em ruínas,pelo contexto cultural e histórico,tal local merecia um melhor tratamento.
ResponderExcluirPassamos la hoje,o local está abandonado e caindo,acho que deviam dar mais mais atenção, pois ele parecia ser uma pessoa importante pra cidade.
ResponderExcluirEu e meu namorado paramos pra conhecer o local. Uma judiação, está abandonado, cheio de lixo.
ResponderExcluirUma pena, com certeza tem uma história importante pra cidade aquelas pessoas.
Legal
ResponderExcluirOlá, você teria o contato do atual proprietário para me passar? gostariamos de fazer uma matéria para tv.
ResponderExcluirLegal sempre passo nesse local e as vezes paro para refletir !
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