A cidade Mineira de Guapé, de apenas 13.000 habitantes é mais um dos 34 municípios banhados pela represa de furnas, o famoso 'mar de Minas'. Mas quem olha essa maravilhosa foto abaixo por exemplo, nem imagina que as gerações passadas sofreram com o gigantesco projeto da barragem. A história da cidade se divide em 'antes e depois das águas'. Com a inundação das águas de furnas em 1963 devido a construção da barragem, boa parte do município (206 km2) ficou submerso, inclusive a cidade, que foi reconstruída novamente na parte mais alta. Até hoje alguns mergulhadores se aventuram nessas águas para visitarem ruínas de casas e da igreja antiga.
Quando o imenso lago de furnas chegou ao seu nível completo, com seus inacreditáveis 1.440 Km2, 5 vezes maior do que a baía de Guanabara no Rio de Janeiro, transformou Guapé em uma península.
Mesmo chegando por terra por apenas um lado, na outra ponta existe uma balsa que liga ao município de Capitólio, podendo atravessar de moto, carro, e até caminhões pequenos.
Mesmo a cidade estando as margens de um dos maiores lagos artificiais do mundo, este não será a estrela principal desta viagem, mas sim a cachoeira do paredão. O município de Guapé possui várias cachoeiras, sendo as principais do paredão, do inferno, do macuco, do garimpo, do capão quente, da água limpa, do moinho, do lobo, da volta grande...
Algumas de acesso mais difícil, outras de acesso bem fácil como a do paredão, que da para ir de moto ou de qualquer carro. Na cidade existem passeios em veículos 4x4 para quem quiser conhecer todas.
Nos dias 8 e 9 de setembro, durante o feriadão de 7 de setembro, iria acontecer o 3° encontro de motociclistas de Guapé, organizado pelo moto clube local 'Feras do asfalto'. E como eu não conhecia a famosa cachoeira do parque ecológico do paredão, a Mirilaine sugeriu que a gente unisse a oportunidade com a vontade. Iríamos passar o dia de sábado na cachoeira e depois íamos para o evento na cidade. Sendo assim saímos de Varginha de manhã para fazer um bate e volta.
Acima, o folder do evento.
Acima, o trajeto de 130 Km entre Varginha e Guapé, e a localização
da cidade em relação à represa de Furnas e a serra da Canastra.
Chegando na cidade já avistamos uma placa indicando
a entrada para a cachoeira do paredão.
A Mi foi tirando fotos na garupa, como sempre.
Depois de andar uns 5 Km de estrada de terra, paramos em
um barzinho de roça para conhecer.
Depois de rodar uns 15 Km na poeira avistamos a guarita.
Pagamos R$10 por pessoa para entrar.
Fui direto tirar a roupa de viagem e colocar uma bermuda.
Depois fomos dar uma volta pelo local e conhecer a estrutura.
O local tinha uma grande área de camping, e
tinha um bom movimento devido ao feriado.
Bar e restaurante (que mais tarde nos decepcionaria muito)
Pegamos logo o caminho para a cachoeira (acesso fácil).
Em poucos metros já avistamos a maravilha da natureza.
Água cristalina e gelada.
Apesar da meia estação e da água gelada, tínhamos passado
um pouco de calor no caminho. Aí eu não resisti.
E lá estava eu sentado do outro lado.
A água estava bem gelada, mas deu uma renovada no corpo.
Resolvi subir uma trilha bem íngreme na lateral da
cachoeira e conhecer mais duas quedas na parte de cima.
A queda de cima é um paredão mesmo, e não tem a beleza da primeira.
Desci depois de conhecer as quedas de cima. Bem cansativo.
No caminho de volta ao bar, paramos nesse escorregador natural.
Resolvemos sentar um pouco e comer um lanchinho natural.
O local é rodeado por paredões de pedra, típico dos canyons da região.
Não tinha muita bagunça nem poluição sonora de carros com som, mas
acredito que no carnaval e outros feriados maiores seja complicado.
No final da tarde trocamos de roupa e fomos para a cidade.
Demos uma volta pelo evento, que não estava muito cheio.
Estávamos com tanta fome que a Mi queria comer o sanduíche
pintado no muro.
De frente para a praça do evento tinha um restaurante self-service,
foi ali mesmo que matamos nossa fome, comidinha mineira deliciosa.
Bar e restaurante da Darcy.
E ainda fomos muito bem atendidos pelo César, o proprietário,
e sua funcionária Lidiana.
No Bar e restaurante da Darcy, nos recomendaram passar para
conhecer a choperia da Darcy, recém inaugurada na rua de cima.
Lugar muito bonito.
São 3 ambientes abertos e 1 coberto.
A Mi tomou um belo caldo de feijão com torresminho antes de ir embora.
Voltamos para Varginha ainda, por ser uma distância até pequena.
No domingo de manhã, o motociclista e locutor do evento Neto Mazzarini,
morreu num acidente logo após deixar a cidade. Ficamos sabendo que ele
passou mal em cima da moto, podendo ter sido até um infarto, saiu da estrada e
bateu em uma pedra. Foi uma grande perda para o motociclismo. Neto era
muito querido nos encontros onde fazia locuções.
Decepções :
A estrutura do parque do paredão é muito boa, tem bar, restaurante, banheiros, chuveiro, área de camping, etc. A decepção foi o preço da comida e a própria comida, além do péssimo atendimento.
A comida era horrorosa e ficava em um balcão de self-service todo aberto, e as carnes em uma chapa a céu aberto, onde vimos até moscas se deliciando. O preço para degustar dessa comida com cara horrível era de R$40,00 por pessoa. Os tira-gostos do cardápio também eram caros, e o rapaz que atendia foi muito grosseiro. O que nos salvou foi um lanchinho natural que a Mi levou. Saímos de lá e fomos comer na cidade.
Indicamos para quem for visitar a cachoeira levar algo para comer, ou levar carnes e carvão e fazer um churrasco. (Churrasqueira e quiosques é pago a parte).
Mais tarde na cidade, conversando com moradores, ficamos sabendo que todos os turistas reclamam mesmo do descaso que está a administração atual do paredão, e que a prefeitura está tentando tirará-lo e fazer uma nova licitação. E que alguns turistas passam mal após comer lá.
Estamos torcendo para que outra pessoa consiga assumir o local, pois é muito bonito e merecia alguém competente e que oferecesse ao turista comida boa e bom tratamento.
Recomendamos:
O bar e restaurante da Darcy, na praça central, além de bom preço e comida boa, o atendimento é ótimo. Uma comida simples, mas gostosa e verdadeiramente mineira.
O self-service pode ser por quilo ou pode-se pagar R$22,00 e comer a vontade.
A cerveja é bem gelada.
Recomendamos muito.
A choperia da Darcy também o preço era ótimo, tanto de chopp quanto tira-gostos.
Outros preços:
Pagamos R$10,00 por pessoa para visitar o paredão. Para quem quisesse acampar era R$25,00 por pessoa por noite, e o quiosque é pago a parte.
Algumas distâncias de Guapé/MG:
Varginha/MG 130 Km
Belo horizonte/MG 292 Km
Passos/MG 137 Km (asfalto) 108 Km (balsa)
Ribeirão preto/SP 287 Km
São paulo/SP 446 Km
Rio de janeiro/RJ 522 Km
Campinas/SP 371 Km
Uberlândia/MG 471 Km