Depois que a pandemia do Corona vírus (covid-19) chegou ao nosso país, e de acordo em que os números de casos começaram a aparecer em quase todas as regiões, aos poucos tudo foi paralisando.
Em Varginha, a prefeitura baixou um decreto, no dia 21 de março, ordenando que o comércio fosse todo fechado, e que todas as pessoas ficassem em casa.
Então peguei minha moto e fui para a casa da minha sogra, na cidade de Machado, há 72 kms de Varginha, passar uns dias.
O decreto do fechamento do comércio, que inicialmente era de 15 dias, foi prorrogado por mais 15.
E assim passamos 30 dias de quarentena total, saindo apenas para coisas necessárias como pagamento de contas e compras no mercado, e sempre de máscara.
Fiquei com a barbearia/salão fechado por quase 40 dias.
Aos poucos as cidades do interior foram flexibilizando a abertura parcial do comércio com todos usando máscaras para sair de casa, mas mesmo assim, fins de semana ficamos nos resguardando ainda, sem encontrar amigos.
Foram quase 50 dias tensos, nos preocupando com a saúde de todos.
E com saudade das viagens de moto, dos encontros de motociclistas, dos passeios de fim de semana, e dos simples encontros com amigos para uma cerveja e bate papo, eu e a Mi resolvemos sair de moto pela zona rural.
Saímos em um sábado de frio e sol, apenas nós dois, para dar um passeio apenas na rodovia e estradas rurais, e ver um pouco de natureza para relaxar a mente e tirar um pouco da preocupação.
Saímos de Machado por volta de 11 da manhã pela BR-267, rumo a região da Pedra Grande em Campestre, e das corredeiras do rio Pardo em Bandeira do Sul.
e a Mi aproveitou para tomar uma latinha.
(desci para comprar de lenço no rosto e levamos alcool 70)
No mapa dentro do círculo vermelho.
Na rodovia tem um posto que da pra parar e ver a pedra.
que passa próximo a pedra, e leva até o bairro rural do Inhamal.
A entrada da estrada de terra tem uma placa da Fazenda Itaguaçu.
para subir no topo e ver a vista lá de cima.
Algum dia pretendo vir de carro, com roupas adequadas,
e um tio da Mi que mora na região vai me levar lá.
A Pedra Grande, famosa na região por seu tamanho e beleza, esconde no passado uma intrigante história real, do Zeca da Pedra.
O coronel José Custódio Dias de Araújo, Zeca da Pedra, dono da Fazenda da Pedra, era o maior chefe político de Campestre, no sul de Minas.
A Pedra em questão era uma extraordinária e gigantesca pedra, no meio de suas propriedades, de onde se avistavam muitas cidades vizinhas. Quando Tiradentes foi feito em picadinho, sua família saiu da região de Ouro Preto e foi se abrigar justamente na Fazenda da Pedra.
Nasceu lá em 1858, onde foi vereador na cidade, e morreu no Rio em 1943.
Era o chefe absoluto de Campestre até se meter com Arthur Bernardes, o todo-poderoso presidente do Partido Republicano Mineiro.
Devido a conflitos políticos o coronel sofreu perseguição política implacável, que culminou com a mudança das divisas municipais. O coronel acordou uma manhã e, em lugar de Campestre, sua fazenda havia sido transferida para Machado. Mudaram a pedra de município.
Declarou a independência da República da Fazenda da Pedra e proibiu a entrada na cidade do coletor de impostos, que nem seu antepassado, e ficou esperando, com batedores encarapitados na pedra para observar a movimentação das tropas adversárias.
O Partido Republicano Mineiro mandou tropa de 50 soldados incumbidos de prender o Zeca e recuperar a pedra.
Zeca da Pedra juntou todo o dinheiro que tinha e fugiu para São Paulo. Dali, para a Ilha da Madeira. Em São Paulo, com medo de ficar com muito dinheiro na mão, acabou adquirindo alguns terrenos onde, anos depois, o governo paulista instalou o Aeroporto de Congonhas.
Os soldados rumaram para Campestre, mas não encontraram o Zeca.
Diz a lenda que Zeca virou um corpo seco na região da pedra.
No segundo trevo, pegamos sentido Botelhos, e alguns
quilômetros a frente, as corredeiras do Rio Pardo.
perigoso para entrar na água. Apesar de ser frequentado
por jovens de Bandeira do sul.
No ponto 1, da pra ver a corredeira do acostamento da rodovia.
No ponto 2, entrando na linha amarela, entra no mirante de onde
eu e a Mi tiramos as fotos. O mirante fica há poucos metros da rodovia.
de um pesqueiro, entramos pra conhecer e era uma rua
de asfalto com várias chácaras.
uma garrafa de cerveja bem gelada. Pedimos copos
descartáveis devido a pandemia, mesmo na roça.
uma família pescando.
umas quatro pra levar.
eu como especialista em coelhos, me ofereci para pegá-lo.
Me senti o Richard, dos programas selvagens, capturando
o coelho no meio de uma moita de folhagem espinhuda.
Brinco que sou especialista, porque eu e a Mi temos uma
coelha, a Laka, que vai fazer 3 anos de idade.
de amarelo a entrada do pesqueiro Morada do sol.
Rodamos no total do dia uns 150 km, foi um dia gostoso para renovar as energias para enfrentar essa época de pandemia, tomando todas as precauções necessárias. e que logo deve passar.
A conta do pesqueiro deu R$36,00 (Porção de filézinho de tilápia, uma coca lata e uma brahma garrafa 600 ml).
